Acidente

Destroços de caça da FAB desaparecido há 40 anos são encontrados

Pedaços do jato foram localizados com ajuda de pescador e velejador.


Foi graças à ajuda de um pescador e um velejador que a Força Aérea Brasileira (FAB) encontrou, em Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, os destroços de um jato caça F5E Tiger II, desaparecido há 40 anos durante um treinamento militar.

As buscas começaram depois que Josoé Ortiz percebeu que suas redes haviam se prendido em algum objeto submerso. Ao notar que se tratava de uma peça de jato, o pescador, que mora no município de Palmares do Sul, entrou em contato com o velejador Cristian Yanzer, conhecido por investigar há cerca de cinco anos o sumiço misterioso do caça.

Depois da descoberta, o velejador deu início a uma varredura com o equipamento Side Scan, um sistema de sonar utilizado para busca e detecção de objetos embaixo d’água, do veleiro Vikyng. “Eu ouvia falar do jato quando ia pescar com o meu pai naquela região. Como eu queria ser piloto de caça, essa história sempre ficou na minha cabeça”, conta.

Foto: Reprodução/FAB

Logo em seguida, as autoridades deram início a uma operação que ocorreu entre os dias 7 e 10 de setembro, para localizar os demais destroços. “Fizemos briefings sobre os aspectos técnicos da aeronave F-5, sobre o local dos destroços, além da definição dos procedimentos de busca. Os destroços do FAB 4831 foram localizados a uma profundidade aproximada de 7,5 metros”, afirmou o major Brandão, chefe da Assessoria de Segurança de Voo da Base Aérea de Canoas.

Piloto desaparecido

Em 28 de julho de 1982, o caça F-5E desapareceu, com o tenente aviador Edson Luiz Chiapetta Macedo, que realizava um combate aéreo simulado contra um jato do mesmo modelo. Apesar das buscas, o corpo do militar nunca foi encontrado.

Para Cristian Yanzer, o trabalho de localização dos destroços pode ajudar a consolar a família do piloto. “Durante todos esses anos, eles não haviam tido informações. Hoje a família tem a certeza de que ele morreu no efetivo cumprimento da missão”, disse o velejador.

Depois da morte, o tenente aviador foi promovido ao posto de major. Segundo a FAB, a efetivação se deu para expressar o reconhecimento do militar morto durante cumprimento da missão ou em consequência dela.


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