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Governo lança edital para construção da maior fábrica de vacinas da América Latina


O Ministério da Saúde informou que o edital que abre licitação para contratação de investidores interessados em participar da construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, em Santa Cruz (RJ), será publicado nesta sexta-feira, 5, no Diário Oficial da União (DOU). O complexo é um projeto do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, mais conhecido como Bio-Manguinhos, e promete ser a maior fábrica de produtos biológicos da América Latina, aumentando em quatro vezes a capacidade de produção do instituto.

“Além da incorporação de novos produtos de relevância para o SUS, como vacinas para o calendário de imunização e biofármacos que tratam doenças crônicas, raras, autoimunes e oncológicas, ele possibilitará dar respostas rápidas em situações de emergência sanitária, como a da atual pandemia da Covid-19“, diz nota conjunta do ministério e da Fiocruz.

A partir da publicação do edital, os potenciais investidores terão o prazo de 12o dias para elaborarem as propostas. Após a conclusão da licitação, a expectativa é de que a construção comece no segundo semestre de 2021. De acordo com o governo, os primeiros prédios de Boas Práticas de Fabricação começarão a ficar prontos em cerca de 24 meses. A obra de todo o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, que abrange uma área de aproximadamente 580 mil m², deve ser finalizada em quatro anos.

O centro será constituído por nove prédios. Segundo a nota, o investimento é da ordem de R$ 3,4 bilhões e prevê a geração de 5 mil empregos diretos nesta etapa de obras, e de 1.500 postos de trabalho para a operação do empreendimento. A previsão é de que o complexo tenha uma capacidade de produzir 120 milhões de frascos de vacina por ano. Em doses, a capacidade irá variar conforme o “mix” de produtos, podendo ser superior a 600 milhões de doses por ano.

“O investimento em infraestrutura e em competências tecnológicas na produção de imunobiológicos é uma questão estratégica de Estado, não somente para garantir a autossuficiência e soberania nacional no atendimento às demandas de rotina de interesse para a saúde pública, como também para possibilitar a rápida resposta a demandas emergenciais”, afirma a nota.


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